Sunday, June 06, 2010

O orgulho de ser sócio


Eu sou sócio do ACP e tenho orgulho nisso. Há muito que o maior clube do país é mais do que um fornecedor de reboques e de cartas de condução a preços acessíveis.

Para além de um interminável número de serviços prestados aos sócios, o ACP faz também o papel de verdadeiro promotor do desporto motorizado em Portugal - às vezes pergunto-me para que é que serve a federação, mas adiante que isso são contas de outro rosário.

Na semana passada estive no Algarve a acompanhar o Rali de Portugal. O ACP montou uma prova incrível, o símbolo máximo do que já vi em termos de organização de um rali. Percebia-se porque é que nos troços se viam muito mais do que os tradicionais carolas dos ralis. Estava tudo tão bem feito, que mesmo quem não percebia nada daquilo também ia até ao monte ver os carros passar. Raras vezes vi um rali tão fácil de ser visto.

Não passou ainda uma semana e já os homens do ACP se lançam em mais uma epopeia inédita, desta feita até terras africanas. Começou hoje e prolonga-se durante uma semana uma prova de TT que representa um mini-Dakar, levando a caravana desde o Estoril até Marraquexe.

Cá dentro não encontro paralelo e mesmo lá fora dificilmente se encontra um clube com esta dinâmica e coragem. Tenho orgulho em pertencer a este clube.


***

(opinião)


Sem querer desvalorizar ACP o (enorme) mérito do ACP por ter recolocado - e sabido manter! - o WRC no nosso país, apenas lamento a forma como a superespecial do Estádio do Algarve estava organizada em termos de recepção e tratamento do público, pelo menos no domingo.

Apesar de o estádio ter estado muito, mas muito despido de público, especialmente quando em comparação com o que vi no ano passado, não era fácil estacionar a menos de umas valentes centenas de metros do recinto (pode ser impressão minha, mas a relação entre espaço reservado para pessoal credenciado, e espaço para público em geral, pareceu-me bastante desproporcionada); não houve o cuidado de sinalizar as entradas/sectores com a devida antecipação - cheguei a dar de caras com um gradeamento com uma folha A4 pendurada, informando que o acesso àquela área era... para trás! Ora toca a voltar à casa de partida... e assim sucessivamente; por fim, após o final da superespecial, o público era "convidado" para fora do estádio por 10 ou 15 elementos das forças de segurança que, descendo os túneis em formação, não permitiam que fossem ficando pessoas mais vagarosas para trás...

Não queremos voltar à anarquia que nos custou o rali, mas entre isso e sermos tratados como se de uma inconveniência para o espectáculo nos tratássemos, vão muitos graus de cinzento.

Carlos

1 comment:

Carlos said...

Sem querer desvalorizar ACP o (enorme) mérito do ACP por ter recolocado - e sabido manter! - o WRC no nosso país, apenas lamento a forma como a superespecial do Estádio do Algarve estava organizada em termos de recepção e tratamento do público, pelo menos no domingo.

Apesar de o estádio ter estado muito, mas muito despido de público, especialmente quando em comparação com o que vi no ano passado, não era fácil estacionar a menos de umas valentes centenas de metros do recinto (pode ser impressão minha, mas a relação entre espaço reservado para pessoal credenciado, e espaço para público em geral, pareceu-me bastante desproporcionada); não houve o cuidado de sinalizar as entradas/sectores com a devida antecipação - cheguei a dar de caras com um gradeamento com uma folha A4 pendurada, informando que o acesso àquela área era... para trás! Ora toca a voltar à casa de partida... e assim sucessivamente; por fim, após o final da superespecial, o público era "convidado" para fora do estádio por 10 ou 15 elementos das forças de segurança que, descendo os túneis em formação, não permitiam que fossem ficando pessoas mais vagarosas para trás...

Não queremos voltar à anarquia que nos custou o rali, mas entre isso e sermos tratados como se de uma inconveniência para o espectáculo nos tratássemos, vão muitos graus de cinzento.