Saturday, April 17, 2010

Restringir os testes, para quê?


Não acredito que a proibição dos testes na F1, com o intuito de reduzir os custos das equipas, esteja a fazer efeito. Para já o único efeito da medida é o aumento do fosso entre as equipas grandes e as recém chegadas.

O que acontece hoje é que se uma equipa tiver, por exemplo, uma asa nova, então só a poderá testar durante o fim-de-semana de corrida e caso a peça nova funcione então convém ter pelo menos mais um exemplar produzido, para que os dois carros a possam utilizar na corrida. Caso a asa não traga resultados, então vão os dois exemplares para o lixo. Uma asa frontal custa 30 mil euros.

Caso os testes fossem permitidos, os conceitos poderiam ser testados em soluções provisórias e só em caso de resultados positivos se passaria à linha de produção.

Para além disso, com testes, as novas equipas poderiam ganhar valiosos quilómetros de pista e tentar recuperar terreno para os da frente. Tal como está a situação agora, vão arrastar-se durante toda a época de forma patética. Será que algum patrocinador quererá ver a sua imagem associada a carros vassoura? Sem patrocinadores não há dinheiro e sem dinheiro dificilmente sobreviverão para além desta temporada.

Trata-se de uma hipocrisia das equipas da frente e de uma injustiça para com as lá de trás.

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