Tuesday, March 11, 2008

Carjacking

Parecia mal não falar aqui do Rali Torrié, prova inaugural do nosso campeonato de ralis.

A vitória da dupla Bruno Magalhães/ Mário Castro não foi surpresa para ninguém, que acompanhe habitualmente o panorama dos ralis nacionais. O que foi surpreendente foi o facto do Bruno não se ter distanciado muito dos pilotos que lhe sucediam e que disputaram renhidamente o segundo lugar do pódio, Bernardo Sousa e José Pedro Fontes.

Julgo que o Fontes dão dá para mais que o segundo lugar, andará sempre naquele registo a queixar-se do carro e de tudo o resto, já o Bernardo Sousa mostrou um andamento realmente surpreendente, para alguém que tripula um grupo N. Vê-se bem que o ritmo do Mundial de Ralis faz com que os pilotos ganhem outra dimensão, quanto mais não seja porque se preparam doutra forma, no caso do piloto madeirense, com cursos de condução e treinos com fartura. Fica o exemplo para o Armindo, que em vez de andar de "carro zero" a passear jornalistas, bem podia aproveitar para fazer uns quilómetros em ritmo de competição e ganhar com isso ritmo competitivo.

Realce também para Fernando Peres que mostra que a idade não é factor limitativo para se andar depressa, fosse ele tão bom preparador como piloto e poderia lutar seguramente pelo segundo lugar no campeonato - nunca vi tantos Mitsubishis com problemas mecânicos como os da Peres Competições.

Já o Pascoal deve-se ter sentido como um cego com uns óculos novos, o Peugeot S2000 será sempre areia demais para ele, situação ainda mais evidente no caso do Carlos Matos com o Renault S1600, que andou a levar na cabeça de um Fiat a gasóleo e de um C2 de troféu.

Sem surpresa as prestações do Pedro Leal (Fiat a gasóleo) e Paulo Antunes (C2 de troféu), que mais uma vez andaram muito para além do que as suas viaturas poderiam levar a pensar. O caso destes dois pilotos é a maior evidência da triste realidade que se vive no campeonato maior do desporto automóvel português. Como é que é possível que dois pilotos destes, que já ganharam e provaram tudo o que havia para ganhar e provar, com as suas parcas possibilidades, ainda não tiveram uma oportunidade para mostrar o seu valor?

Se eu fosse o Pedro Leal ou o Paulo Antunes, já tinha cometido um "carjacking" sobre o Nuno Barroso Pereira para correr com o Punto S2000 dele.

3 comments:

I wanna be Nuno Rogeiro said...

A participação do Nuno Barroso Pereira é a prova de que o desporto automóvel não é justo. E o patrocínio da Vodafone ao filho do Rufino também não...

Anonymous said...

os padrinhos ate aqui nos ralis falam mais alto...concordo com estas linhas, porque infelismente estes pilotos sao deveras superiores a muitos que la andam e com melhores maquinas...falta coragem no apoio

Anonymous said...

o Leal e o fontes deviam trocar de volante.. e iamos ter campeonato..
falta uma nota a participação do Adruzilo Lopes que foi brilhante, mesmo com akele subaro n11 q mais parecia um charuto ao pe da armada de lancers.. ele q tivesse o carro do meireles e nao sei s nao ganhava o grupo n