Wednesday, August 23, 2006

As 49 mais belas máquinas de quatro rodas - Lamborghini Miura (4)



É bem verdade que a maioria dos mais belos carros de sempre possuem o motor colocado em posição frontal, talvez devido ao facto de que os carros de motor central serem normalmente ultra-desportivos onde a estética é sempre sacrificada em função da eficácia aerodinâmica. Mas isso é uma discussão inútil que nada tem de relacionado com este top, onde também figuram belas máquinas em que o motor é colocado atrás do banco do condutor.
Primeiro começou por ser fabricante de tractores e alfaias agrícolas, mas um tipo com um nome como Ferrucio Lamborghini nunca poderia ser fabricante de tractores, pelo simples facto de que não combina. Se um tipo se chama John Carpenter ou J.P. Hartman, então pode ser um construtor de tractores, agora Lamborghini não dá, era como ter um primeiro ministro chamado, Frank Sinatra.
Foi tarde quando o sr. Ferrucio percebeu que o que lhe corria nas veias era a paixão pela criação automóvel, mas em bom tempo o fez e ainda melhor quando contratou o Marcelo Gandini para lhe desenhar o Miura, onde aplicou o tradicional V12 de 4 litros, numa carroçaria que combina uma certa agressividade, com o pára-brisas muito inclinado e as entradas de ar antes da roda posterior, mas ao mesmo tempo com charme e elegância, em linhas arredondadas e faróis com umas características pestanas. Criou um dos carros mais bonitos de sempre e dos que têm motor central, talvez mesmo o mais belo. É claro que tanta graciosidade nas formas tem normalmente o oposto na parte mecânica. Sem falar na tradicional (falta de) fiabilidade desta marca de carros, diz-se que ía dos 0-100 Kmh ... uma vez (!!), porque à segunda tentativa de arrancar a fundo a embraiagem já estava vaporizada. Para variar, a ergonomia era uma disciplina por descobrir por aqueles lados e as pessoas utilizadas para testar a funcionalidade do habitáculo, trabalhavam todas no circo, como contorcionistas. Como usava carburadores de competição, o excesso de gasolina nas cornetas de admissão provocava vigorosas labaredas, quando se arrancava depois de o carro estar ao relanti algum tempo, normalmente à saída de um semáforo. Mas a mais inteligente das ideias dos engenheiros foi colocarem o depósito em cima do eixo frontal, o que provocava o aligeirar da frente à medida que se ía consumindo o combustível, o que não demorava muito a acontecer, sendo essa uma das razões para que só se tivessem produzido pouco mais de 750 unidades, até 1973, no início da crise do petróleo.

1 comment:

Anonymous said...

Outro carro do mesmo ano deste, toyota corolla, quer um quer outro fizeram quer da lambo quer da toyota o que são hoje....